Tributação de Aluguéis na Reforma Tributária: o que muda a partir de 2026?

Descubra como a Reforma Tributária vai impactar a tributação de aluguéis no Brasil a partir de 2026. Entenda as novas regras, redutores e como se preparar.

A tributação de aluguéis passou por uma transformação significativa com a aprovação da Reforma Tributária (Lei Complementar nº 214/2025). A partir de 2026, os rendimentos obtidos com imóveis não estarão sujeitos apenas ao Imposto de Renda, mas também ao novo sistema de tributos sobre consumo, que inclui o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). Neste artigo, você vai entender quem será impactado, como funcionará a transição e o que fazer para se preparar.


Tributação de aluguéis e os novos tributos

A principal novidade é que a tributação de aluguéis deixa de ser exclusiva do IRPF. Agora, quem possui mais de três imóveis alugados e fatura acima de R$ 240 mil por ano entrará na base de incidência também do IBS e da CBS.
Esse modelo se aproxima de um sistema de IVA dual, já aplicado em diversos países, mas ainda gera dúvidas entre investidores e proprietários no Brasil.

👉 Para se aprofundar, confira este resumo da CNN Brasil sobre as mudanças.


Regras de transição

A aplicação não será imediata. Haverá uma fase de transição entre 2026 e 2032:

  • 2026–2027: alíquotas iniciais simbólicas.
  • 2028 em diante: crescimento gradual do IBS e CBS, com redução proporcional de PIS, Cofins e ISS.
  • 2033: o novo modelo entra em vigor integralmente.

Essa transição foi criada para dar tempo aos contribuintes de reorganizarem contratos, estruturas contábeis e até avaliarem alternativas, como a constituição de uma holding patrimonial.


Tributação de aluguéis: redutores e exceções

Apesar da novidade, a Reforma prevê mecanismos para reduzir o impacto:

  • Redução de 70% da base de cálculo do IBS e CBS para locações.
  • Redutor social de R$ 600 por imóvel residencial por mês.
  • Contratos antigos firmados antes de 2025 poderão manter alíquota reduzida de 3,65%, desde que cumpram requisitos documentais.

Já os aluguéis por temporada, como os oferecidos via Airbnb, terão tratamento diferenciado, com redução de apenas 40% da base, o que deve encarecer esse tipo de operação.


Como se preparar para a nova tributação de aluguéis

Para quem vive de renda imobiliária, este é o momento de agir estrategicamente:

  • Revisar contratos antes do prazo de 2025 para garantir o regime reduzido.
  • Avaliar a constituição de pessoa jurídica para gerir imóveis.
  • Planejar reajustes contratuais para absorver parte da carga tributária extra.

👉 No blog da Akilli Brasil, já discutimos como a inovação em comunicação e gestão pode apoiar negócios diante de mudanças legais. Essa visão estratégica é essencial também para investidores imobiliários.


Conclusão

A tributação de aluguéis marca um novo capítulo para o mercado imobiliário brasileiro. Embora a Reforma Tributária busque simplificação, os impactos práticos exigirão planejamento cuidadoso. Proprietários, investidores e consultores devem acompanhar de perto os próximos passos para garantir que seus patrimônios continuem gerando bons resultados.

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